Cede ao coração, nunca nega ajuda.
Finge se enganar, no abraço espesso
De alguém que num passo a alegria lhe suga,
De quem sempre cai,
De quem sempre cai no mesmo tropeço.
Se a mão que pede segue estendida,
Resta exterminar este mal agudo.
Onde está? Haverá? Se verá? a saída
Na inquietude,
Na inquietude de um degrau mudo.
Aquela vida é um circo
e recebeste o papel de ‘Palhaço da Mão Estendida’,
De quem sempre cai,
De quem sempre cai no mesmo tropeço.
O suor derramado é prova do desperdício,
Escorre na mão de quem não lhe sabe o preço.
De gota em gota se perde no vício
De quem sempre cai no mesmo tropeço,
De quem sempre cai no mesmo tropeço.