Sem tempo de ser de gente
Quando amizade é ideal esquecido
Duvida, e diz ser crente
Vê na aventura real, perigo
Num desejo de ser só seu
Ter nas próprias mãos o mundo
O ser adulto esqueceu
Seu próprio eu lá no fundo
Precisa parecer chato
Mas sempre tranquilo e feliz
Tem status reduzido
O adulto que é triste, e diz
Precisa calar o que pensa
Ser aceito é essencial
Julgar para quê? Há jurisprudência!
Basta endossar o que é banal
Chama de maturidade
Ferir a criança em si
Soa ser senhor do mundo
Ao medir o outro em QI
Conhece seu lugar de fala
Conhece seu pé e o chão
Se reduz a mais um na sala
Defendendo alheia opinião
Aplausos para quem é autêntico
Ainda que soe infantil
Para quem não cabe num molde
Não passa em qualquer funil
O mundo é incerto, e é quântico
Ser livre, ser útil e gentil
Permite que magia e virtude
Preencham todo o vazio
Meu abraço para quem abraça
Sem medo a criança em si
Que se encanta e acha graça
Num conto ou no valor de pi