A tecnologia avançou muito e sabemos a importância da sua existência.
A cada dia ela está cada vez mais evoluída e necessária para o dia a dia, mas você sabia que ela nem sempre existiu?
As redes sociais dos anos 80 e 90
Você deve estar se perguntando como havia redes sociais nos anos 80 e 90, não é mesmo?
Bobinho, quem disse que nós não tínhamos redes sociais?
As cartas
Na década de 80 e 90 tinha as cartas decorativas e colecionáveis que enfeitavam o dia de quem as recebia com carinho e uma letra redondinha.
Também possuíamos as cartas postais, nelas eram colocadas informações importantes que saíam direto do correio para a pessoa desejada.
Havia até selo colorido para deixar as cartas mais bonitas.
Telefones
Os telefones eram uma forte rede social, eles foram inventados para alegrar os nossos dias com o som de quem amávamos, nossos familiares, amigos, e até mesmo, aquele broto interessante.
Os telefones residenciais eram caros, portanto, nem todas as pessoas podiam tê-los. Às vezes, pagavámos o valor da chamada para a vizinha, assim era possível fazer uma ligação a quem queríamos.
Os orelhões
Os telefones públicos, chamados de orelhões eram ótimos confidentes, neles podíamos passar todas as dicas da hora.
Ah, se ele falasse!
Quando as fichas acabavam
Os orelhões eram utilizados com fichas telefônicas, colocávamos as fichas e ali passávamos a tarde fofocando.
E se a ficha acabasse?
Ah, sempre tínhamos outras no bolso guardadas, elas não podiam faltar jamais, pois o assunto não podia parar.
As balas ousadas
Na venda da esquina eram vendidas balas com frases do tipo: Quer namorar comigo? Você está linda! Sonhei com você! Você me dá um beijo?
Essas frases faziam a pessoa a quem recebia a bala ficar enrubescida e com dúvidas se era uma indireta.
Muitos namoros começaram assim.
Caderninho da curiosidade
Na escola era feito um questionário em um caderninho com perguntas: Qual seu nome? Onde você mora? Qual a sua idade? O que você mais gosta? Você gosta de alguém? Qual o seu pior defeito?
Esse caderninho fazia com que as pessoas se conhecessem melhor, ele era passado a todos para que pudessem responder.
A calçada
A calçada de uma casa era escolhida pela galera para ficarem batendo papo a noite toda, ali eram divididos os assuntos entre risadas e histórias, o olhar entre as pessoas era constante. Na maioria das vezes, nos finais de semana, ficávamos até raiar o dia.
A televisão
A televisão nos dava uma grande visão do mundo e do que estava ocorrendo com ele. A tarde de domingo era em volta da televisão com toda a família reunida, as programações refletiam alegria.
E a sessão da tarde quando passava aquele filme esperado era uma felicidade só.
A fita rebobinada
Às sextas-feiras eram demais, passávamos na locadora da tia Terezinha, pegávamos cinco fitas em promoção para devolver somente na segunda-feira. Escolhíamos pela capa da fita os filmes, assistíamos a todos com atenção na sala da casa de alguém comendo pipoca com guaraná.
Na segunda-feira precisava devolver as fitas, mas antes, tínhamos que rebobiná-las, senão pagávamos multa.
Biblioteca da escola
Os trabalhos que os professores pediam, precisavam ser pesquisados nos livros da biblioteca da escola, nos reuníamos em grupo e íamos para lá, mas sempre assinávamos um livro grande para entrar.
Ah, mas em silêncio, por favor, dizia a bibliotecária.
Selfie
A selfie do nosso tempo era aquela máquina fotográfica dos nossos pais que necessitava dizer X, um flash, e lá estava para ser revelado o filme.
O filme que era colocado na máquina era retirado e enviado a um profissional para ser revelado, se a foto não ficasse bonita, nada podia ser feito, a gente guardava de recordação assim mesmo.
Os namoros no portão
O namoro era no portão de casa, o casal ficava aos olhos dos pais, ali rolavam olhares apaixonados. As mãos suavam, e no rosto o rubor da imaginação. Após ser apresentado à família, o rapaz frequentava a casa da moça.
Foram em muitos portões que inúmeros casamentos aconteceram, e até hoje, estejam sobrevivendo ao tempo.
Os bailinhos de garagem
Eram nas garagens da casa de um vizinho que ocorriam as reuniões dançantes. Era colocado um toca-discos com vários discos de vinil ou fitas cassetes com músicas atuais, amigos e vizinhos se reuniam para comer, beber e dançar a tarde toda de domingo. Há quem aproveitasse para dançar com o rosto coladinho com aquele par preferido quando uma música romântica tocava.
Madonna e Cyndi Lauper não podiam faltar, tampouco aquele disco branco.
A formatura no final do ano
A turma se reunia para receber o seu diploma, a indecisão de rever os colegas no ano que viria era inevitável, mas sabíamos que um dia nos encontraríamos nas esquinas da vida.
Lembranças de uma era de ouro
Nada é eterno, disso nós temos certeza, a vida passa num piscar de olhos, e nada podemos fazer sobre isso.
Mas saiba que de tudo isso algo bom ficou, as doces lembranças de um tempo que não voltará jamais.
Por Patrícia Rosa