A dualidade que há em mim perdura,
Entre momentos tristes e bons,
O limite de minha alegria reestrutura
Os meus profundos sentimentos que se propagam como sons,
Sons que remetem à dor interior e à falsa bravura
A trilha sonora principal rege a melancolia à beira de um precipício devastador,
Que extermina as boas lembranças sem pudor,
E as agradáveis sensações que sucedem um período de pavor
A dualidade da vida não só permite sorrisos passageiros,
Mas também choros ligeiros,
E achamos que o fim do mundo se aproxima quando o fracasso se faz presente,
Entretanto, como fugir do caos, absolutamente?
Após uma noite trevosa, os raios solares iluminam o espírito a sentir uma nova esperança,
Contudo, ao anoitecer, os músculos da face se comprimem novamente,
E o brilho do olhar se dissipa como uma obscura dança
Que consiste no ritmo que é afetado pela ausência de segurança,
Ausência que aflige o equilíbrio de uma balança,
Balança composta por uma sensação de paz e por profundo sentimento de vazio,
Dentro de uma mente agitada, encontre um espaço que flua como um tranquilo rio
Uma notícia boa que toma o lugar do último pensamento sobre dar fim a determinadas situações,
Máscaras da vida naturalizam a vinda da paz que sucede grandes tormentos,
Quando, na verdade, o resultado final destrói nossos corações,
O alento se esvai, o que dá lugar aos sombrios questionamentos
Um ciclo vicioso definitivo
Entre o empoderamento e o isolamento,
Entre a ternura e a apatia,
Entre as conquistas e as falhas,
Entre a teimosia e a sabedoria
O que é dual é como o preto no branco,
Os extremos opostos se atraem,
Há atitudes nossas que nos permite um tipo de avanço,
Contudo, as indecisões são os infortúnios que nos distraem…
Essa é a dualidade de nossas vidas
Que acompanha nossos triunfos e nossas feridas,
A vida distribui ânimo,
E a morte finaliza nossas vivências oprimidas