Pelo canto dos olhos, enxergo o vibrar de um papel
Sucesso
Aprovação
Ali se encontra o início de uma longa caminhada
Caminho a passos desconcertantes para compreender melhor o que está sendo dito;
Penso...Valei-me!
O que faço com esse estardalhaço de informações que chegam até meus ouvidos,
Ao mesmo tempo em que minhas sobrancelhas se tornam extensivamente arqueadas e a íris de meus olhos enrijece como o vidro?
Socorro!
Assim que reparo naquele ingênuo entusiasmo,
Vejo meu espírito pasmo sobressaltar-se aos prantos
Além disso, crítico a cor de seu anel de Esmeralda,
O qual não chega perto da raridade da pedra preciosa Painita,
Todavia, não posso ter um quilate de Esmeralda vermelha segurada por minhas mãos que atrofiam gradualmente,
Devido ao veneno mortal que jorra por entre os dedos,
Equivalente ao mercúrio,
Que me faz morrer lentamente...
Por Deus, seria castigo de Ftono, deus da inveja?
Aquela tal da Georgina, tenra e ordenada,
Como seu proprio nome concorda,
Semeia e colhe o bem
Apavoro-me, visto que parasitos tomam conta de meus olhos,
Mente psicodélica
O que essa mulher tem?
É magia!
Abençoada pelo encanto de Afrodite?
Olho-me no espelho e não me reconheço,
A carne de minha face desvanece,
Substituída por um formato simétrico de larvas que se movimenta em um ritmo fúnebre
Redenção
Céu ou Inferno?
O jeito é pôr minha máscara da cor da pedra Ônix
Continuo me olhando no espelho,
A essência interna não obtém êxito em transpassar minha aparência,
Porque nunca é tarde para se reconhecer
Começo a soluçar,
O rímel a manchar minhas bochechas,
E as lágrimas contornam os sinais de tudo o que carreguei ao longo dos anos,
As enxugo com a toalha por alguns segundos
A beleza da imperfeição
Nossos jardins não são menos verdes do que os dos outros,
Além de que não preciso utilizar os pincéis da vida de outrem,
Já tenho os meus,
Pincéis de marfim,
Que pintam os caminhos a prosseguir.