Não ficção -> Pensamento
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Eu por eu

Quando o passado doi

Sempre conto a outras pessoas a minha história de vida como exemplo de superação. Então, vou relatar a vocês um pouquinho da minha trajetória.

Eu sou a Patrícia, tenho 47 anos, uma filha de 17 anos, moro em Porto Alegre / RS. Venho de uma relação tóxica familar com os meus pais, a qual, levei longos anos para entender a situação que eu estava vivenciando. Quando passamos por situações abusivas e tóxicas não percebemos a dificuldade que nos cerca, até o momento que precisamos mudar a nossa realidade.

Formei-me em Letras e literatura plena aos 42 anos, logo após, o término da graduação, decidi que não deveria parar, fiz duas pós-graduações: supervisão escolar e Psicologia Educacional.

Fui mãe solteira aos 30 anos de idade.

Em outubro de 2017 fui chamada pela secretária da Educação do RS para lecionar, após inúmeras tentativas. Confesso que deu um frio na barriga ao entrar pela primeira vez em uma sala de aula, mas dessa vez, não como aluna, mas como professora. Sempre gostei muito de estudar, então para mim, nunca foi problema. Aos poucos, fui retirando aquela viseira que havia no meu rosto, dei espaço a novas oportundades e outros desafios. Livrei-me das relações tóxicas, descartei qualquer possibilidade de retornar ao que estava me causando mal, a partir daí, decidi voar.

Percebi que eu não necessitava de asas para alcançar o céu. 

Comprei o meu apartamento no final de 2022, não contente ainda, resolvi fazer uma segunda graduação, como eu amo escrever, optei por jornalismo.

Atualmente, leciono há 7 anos, estou no segundo semestre de bacharelado em jornalismo e contribuo em alguns sites na área da redação.

E, assim que me formar, irei fazer uma pós-graduação em jornalismo investigativo.  

Acredito na colheita, mas para isso, precisamos plantar e regar todos os dias. 

Cada pessoa sabe o tamanho do seu percurso e a dor dos calos que a caminhada causou. 

Tenham a certeza de que vale a pena cada tropeço que damos ao longo do trajeto, pois é possível olhar para trás e ver os frutos colhidos desse plantio.

Eu superei os meus medos, consegui me reconstruir, recomecei a minha vida, e principalmente, entendi que perdoar a mim e a os outros é essencial.

Sejamos o protagonista da nossa vida, não meros coajuvantes. 

O mais importante é dar o primeiro passo.

E você?

Conte-me sobre a sua trajetória, vou adorar ler.

Por Patrícia Rosa

 

 



02/10/2023 09:45




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