De repente o tempo me engana,
faz-se massa, faz-se chama.
Sinto que quieto eu vou,
debatendo-me ou conformado
ainda sigo ao infinito.
Comparação menos humana
jamais em mim se fez drama.
Agora, de súbito ele me traga.
Sou como onda que se propaga,
no vácuo, no vazio.
Nos embalos da nave lamento,
nas passadas velozes
daquele que me carrega em seu seio,
tempo.
E aos olhos alheios do mundo,
existo por um segundo,
enquanto vivo e defunto.
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mais uma das poesias
de minha primeira década de vida,
que compartilho aqui com vocês...
arte da querida amiga @anabedoya