Assassinei tudo aquilo que me fazia mal, parti em pedaços situações que não me levaram para frente, eliminei pessoas que em nada agregaram. Cometi uma atrocidade ao deixar palavras me ferirem brutalmente. Instiguei momentos ruins sem ao menos questioná-los.
Sim, sou uma assassina cruel.
Matei angústias, medos, tristezas e dores imensuráveis ao perceber o quanto posso ser "Eu" mesma sem perder a minha essência.
Hoje sou livre, não carrego uma culpa nos ombros por ter me libertado finalmente. Deixei rastros no caminho, não foi para retornar, mas sim, olhar para trás e perceber o quanto eu amadureci.
Quando matamos aquilo que nos destrói, encontramos a verdadeira valorização de quem somos nós. Deixar para trás o que não vem a somar não é egoísmo, chama-se amor próprio.

Por Patrícia Rosa