À margem de esverdeado lago,
esmeraldas pequenas,
ágatas e turmalinas
lhe ornam a face…
Um afago imaginado,
bobagem que nutre a tristeza
que há cerca de certa idade
nasce.
Sob a luz azul do céu
turquesas e safiras
são tragadas, lentamente,
pelo chão.
Brilham e se vão, ligeiras,
como toda e qualquer paixão.
E na, hora amarela,
hora avermelhada
luz crepuscular,
dedos longos e finos removem
topázios imperiais
e quartzos citrinos
de olhos já quase rubis
de chorar…
Fonte de enorme beleza
e incapaz de se amar.