O passado
traz medo
por ter doído
O olho arregalado
fita o segredo
proibido
Dado outrora lançado
hoje brinquedo
esquecido
Era por Arte
que desejava ver-te,
sentir-te
Era para amar-te,
não por flerte
ou iludir-te
Ser de ti, parte
que se converte
e volta a unir-te
Ao ato
você me vê abjeto
eu, contrito
Humilhado, ao fato
concreto:
o teu atrito
Eu, que amava
vi-me à treva
cativo
Tua fria clava
feriu, maleva,
o eu, que era afetivo